No pré-escolar e no 1ºano, foi explorada a obra Babushka de Sandra Ann Horn.
Com os alunos do 2ºano falou-se sobre Tradições nos diferentes países, sobre Os reis Magos a sua história e origem nas diversas versões. Os alunos visualizaram um pequeno powerpoint sobre a história dos Três Reis Magos. Todos cantaram a canção, "Lá vão os três magos" retirada do youtube, acompanhando a legenda do vídeo.
https://youtu.be/vmGoO3NAGVU
Os paninhos da avó Adelina da história "O cestinho de romãs"trabalho do 2ºano (3MIN) da EB do Mindelo |
Leram também textos sobre as diferentes tradições e um conto de Maria Alberta Menéres, A Lenda do Bolo-Rei do Livro de Natal. Deste livro foi também dramatizado o conto "O cestinho de romãs", com a utilização de diferentes adereços.
O Bolo-Rei
de António Torrado
O bolo-rei tomava-se muito a
sério. Não havia discussão: ele era o rei dos bolos.
Como tal, quando lhe caiu uma passa da coroa, ordenou ao bolo-inglês:
— Traz-me essa passa de volta.
O bolo-inglês fez-se desentendido e respondeu:
— Sorry! I don’t understand…
O que queria dizer, na língua dele, que pedia desculpa, mas não tinha entendido.
Então, o bolo-rei virou-se para um bolo de natas e deu a mesma ordem. Queria, outra vez, a passa a ornamentar-lhe a coroa.
O bolo de natas tinha uma fala atrapa-
lhada, por causa do excesso de natas.
— Flá, plefe, pflu, pfló…
Não se percebia nada.
O bolo-rei, muito irritado, ordenou o mesmo ao bolo de amêndoa, que lhe respondeu:
— Também a mim me caiu uma amêndoa torrada e não me queixo.
O bolo-rei, cada vez mais exasperado, deu a mesma ordem a um pudim de gelatina, mas o pudim de gelatina era muito frágil, muito nervoso e só tremeu, tremeu, incapaz de dizer ou fazer o que quer que fosse.
— São uns rebeldes estes meus súbditos — concluiu, numa grande exaltação, o bolo-rei. — Condeno-os a que sejam todos cortados às fatias.
E assim aconteceu. Mas nem o bolo-rei escapou.
Como tal, quando lhe caiu uma passa da coroa, ordenou ao bolo-inglês:
— Traz-me essa passa de volta.
O bolo-inglês fez-se desentendido e respondeu:
— Sorry! I don’t understand…
O que queria dizer, na língua dele, que pedia desculpa, mas não tinha entendido.
Então, o bolo-rei virou-se para um bolo de natas e deu a mesma ordem. Queria, outra vez, a passa a ornamentar-lhe a coroa.
O bolo de natas tinha uma fala atrapa-
lhada, por causa do excesso de natas.
— Flá, plefe, pflu, pfló…
Não se percebia nada.
O bolo-rei, muito irritado, ordenou o mesmo ao bolo de amêndoa, que lhe respondeu:
— Também a mim me caiu uma amêndoa torrada e não me queixo.
O bolo-rei, cada vez mais exasperado, deu a mesma ordem a um pudim de gelatina, mas o pudim de gelatina era muito frágil, muito nervoso e só tremeu, tremeu, incapaz de dizer ou fazer o que quer que fosse.
— São uns rebeldes estes meus súbditos — concluiu, numa grande exaltação, o bolo-rei. — Condeno-os a que sejam todos cortados às fatias.
E assim aconteceu. Mas nem o bolo-rei escapou.
António Torrado
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